Vereadora divulgou vídeo negando decisão exposta pelo líder da oposição na Câmara, José Guimarães, que anunciava apoio do executiva nacional do PT ao PSB no governo de Pernambuco
Por: Diario de Pernambuco
Foto: Twitter / Reprodução
O deputado federal e líder da oposição na Câmara, José Guimarães, anunciou em seu perfil no Twitter que, por 17 votos a 8, a executiva nacional do PT decidiu apoiar os candidatos do PSB aos governos de Pernambuco, Paraíba, Amapá e Amazonas. O deputado cearense, inclusive, postou sua própria foto na reunião que acontece nesta tarde em Brasília. A postagem do líder petista confirmou as informações que circulavam desde o início do dia sobre a retirada da candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco - como parte de um acordo para evitar que PSB feche uma aliança nacional com Ciro Gomes e adote a neutralidade, liberando os diretórios de cada estado.
Porém a vereadora Marília Arraes foi para a linha de frente da polêmica e negou a decisão do diretório nacional. “Isso não é verdade. Esse é mais um ataque especulativo contra nossa candidatura. Estão dizendo que já foi batido o martelo, que a executiva nacional vai enquadrar Pernambuco, vai recomendar uma aliança e isso não é verdade”, afirmou em vídeo postado também no Twitter.
O posicionamento contundente de Marília cria um imbróglio dentro do PT. E haverá um próximo capítulo nesta quinta-feira, quando um encontro estadual - com a participação de 300 delegados do partido - decidirá pela confirmação ou não da candidatura de Marília e, consequentemente, do apoio à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), em uma composição que daria uma vaga na chapa para a tentativa de reeleição do senador Humberto Costa (PT).
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Por: Cláudia Eloi - Diario de Pernambuco
O PSB e o PT nacional estão construindo um novo cenário para a formação de uma aliança entre as duas legendas, que passa por um pacto de neutralidade nos estados e a desistência do PT em exigir o apoio formal dos socialistas para a corrida presidencial. Em troca, o PSB não firmaria aliança nacional com os adversários do PT para a eleição deste ano, a exemplo de Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). Como reflexo dessa nova negociação, o PT retiraria de cena a candidatura da vereadora Marília Arraes (PT) ao governo do estado para favorecer o projeto de reeleição do governador Paulo Câmara (PSB). Em Minas Gerais, o ex-prefeito Márcio Lacerda teria que mão de concorrer ao governo para favorecer a reeleição do petista Fernando Pimentel.
Segundo o secretário da Casa Civil de Pernambuco, André Campos (PSB), o assunto será resolvido até amanhã. Ontem à noite, o Grupo de Trabalho Eleitoral do PT nacional se reuniu para acertar os “ponteiros”. Hoje pela manhã, a cúpula do partido volta a reunir, agora no âmbito da Executiva Nacional. “As conversas entre o PT e o PSB estão acontecendo frequentemente a portas fechadas. Acredito que até quinta-feira (amanhã) as coisas estejam mais claras e definidas”, comentou o socialista.
De acordo com André, só após a definição da política de aliança é que o governador Paulo Câmara vai discutir junto com os partidos aliados a composição da chapa majoritária. Até o momento, somente o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) está oficialmente cotado para disputar o Senado. A segunda vaga poderá ser ocupada pelo senador Humberto Costa (PT) ou pelo ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT). A presidente estadual do PCdoB, Luciana Santos, pode ser indicada para vice.
Ontem, o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, disse que não iria se posicionar em cima de boatos e que só após a reunião da Executiva Nacional do partido falaria sobre o assunto. “Agora é tempo de muita especulação. Na quinta-feira haverá o encontro estadual do PT, que terá a participação de 300 delegados para definir política de aliança ou candidatura própria. Na sexta, teremos reunião do diretório nacional e no sábado haverá o Encontro Nacional e a Convenção do PT”, explicou.
As convenções local e nacional do PSB acontecerão no próximo domingo, um dia antes do PT nacional. “Todo mundo está trabalhando para fecharmos um acordo. Mas isso (aliança) só acontecerá faltando cinco minutos para o árbitro apitar o final do jogo. Podemos dizer nesse momento que a possibilidade de aliança entre PT e PSB em PE avançou. As conversas estão intensas”, comentou um governista, em reserva.
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